24.7.13

Inacreditável


MM está em casa curtindo os seus últimos dias de férias em meio período. Após um dia extremamente frio, não acreditava que em sua terra Natal poderia ficar pior, mas ficou. Ao se levantar esta manhã, quase não tinha coragem de tirar os pés de baixo da coberta para poder se arrumar, contudo, não havia o que fazer, estava mais do que na hora de sair da cama.
Levantou-se,começou a se vestir e respirou:
___ Ufa, ainda bem que hoje não tenho nenhum curso, porque o frio está de doer. - pensou enquanto saia do quarto.
Lentamente foi caminhando até a sala de jantar. Estava sentindo um maravilhoso aroma de café fresco e torradas, quando chegou, deslumbrou-se com capricho da arrumação da mesa,sentou-se e desfrutou de um café da manhã novelesco. Sabe aqueles que as louças combinam, as frutas estão picadas, tem um suco fresco delicioso numa linda jarra de cristal, iogurte, etc.
___ Nossa amor, a Isaura, hoje caprichou. - disse ela.
___ Não foi a Isaura não querida. - respondeu M.S.
___ O que? Foi você, amor? - perguntou incrédula.
___ Claro querida, esqueceu que as férias da Isaura começaram hoje? - respondeu M.S.
___ Esqueci e não quero pensar nisso agora. Vamos comer? - disse atacando uma torradinha enchendo-a de requeijão.
Após desfrutarem do novelesco café, MM organizou a louça no carrinho e foi encaminhando-se para a cozinha. Quando olhou a pia quase caiu de costas com tamanha bagunça. Sem desanimar, organizou tudo pra começar a lavar a louça. Quando abriu a torneira e colocou suas mãos na água, gritou:
___ Amor, dá pra lavar louça no chuveiro?????

18.7.13

Mais que especial, uma parte de mim.

Minha primeira amiga entrou em minha vida no dia 05 de março de 1977. Mas naquela data eu não sabia disso. Em minha inocência ela era alguém que viria tirar as preciosidades que eu tinha, roubaria a atenção da mulher maravilha, conquistaria meu herói e seu super companheiro. Mas ela era engraçadinha, diferente de mim com seus cachinhos e olhos grandes. Também era muito chorona, o que atrapalhou nossa relação inicial. Ela não gostava muito de dormir, então, quando isso acontecia, a casa tinha que permanecer no mais absoluto silêncio. Meu maior castigo, afinal como iria manter o contato com os meus amigos imaginários se não podia falar alto? O tempo passou e começamos a dividir o mesmo quarto. Ela passou a dormir muito bem, nem nas noites de tempestades, que os relâmpagos clareavam nosso rosto continuamente, ela acordava. Eu a espreitava desejando que ela acordasse e pedisse pra deitar na minha cama, assim não precisaria assumir que estava morrendo de medo, mas isso nunca aconteceu. O tempo continuou passando e nossas diferenças ao invés de diminuírem foram crescendo, ela sempre organizada, odiava a bagunça que eu fazia. Eu muito egoísta, detestava quando ela usava minhas roupas sem pedir. Conclusão, ganhamos cada uma nosso quarto e desenvolvemos nossas identidades. Brincamos juntas de boneca tantas vezes. Eu tinha a Fofa e ela o Fofo, jogamos Gênio, brincamos de detetive, banco imobiliário, caça-palavras, desfilamos com roupas da mulher maravilha pelo corredor enquanto ela trabalhava, andamos de bike, patins, balançamos na rede, curtimos pirlimpimpim... A partir de então foram tantas coisas, rimos juntas, choramos juntas, brigamos, nos ajudamos, nos distanciamos, voltamos a sair juntas, nos apoiamos, podemos não ser confidentes uma da outra, mas temos uma grande história. Uma história que continua sendo escrita. Essa amiga não escolhi foi um presente de Deus colocado em minha vida, atualmente somos casadas, partilhamos a mesma profissão e nos amamos, continuamos diferente, mas sabemos muito que podemos contar uma com a outra. Ter a própria irmã como amiga não tem preço. Léa te amo. A última homenageada no meu blog na semana do amigo só podia ser você.